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Em um mundo perfeito, pais e mães são pessoas em quem nós confiamos para tudo nessa vida, ///// desde o momento em que nascemos até quando um de nós – eles ou a gente – dá o último suspiro. 

Não que o relacionamento entre pais e filhos precise ser impecável, mesmo porque isso é impossível. Cada um é um, cada pessoa tem um jeito de ver as coisas e brigas, discussões e desavenças são bem normais, até. Especialmente no período da adolescência.

Quem nunca se desentendeu com o pai ou a mãe? Pois é.

Só que o mundo não é perfeito. Aliás, está bem longe de ser… 

mas essa coisa de pai e mãe, de proteção, de amor incondicional, devia ser sagrada. Devia ser universal. Deveria existir uma lei que proibisse qualquer pai ou mãe de maltratar seus filhos ou tirar deles as oportunidades de viver uma vida longa e próspera.

O caso de hoje é um daqueles que mexem com a gente porque vai contra esse conceito de proteção familiar. A história de Elisabeth Fritzl traz à tona os piores pesadelos de qualquer criança, sobre bicho-papão, homem do saco, enfim, qualquer que tenha sido o monstro que tirou seu sono por muitas e muitas noites.

Porque o caso de hoje é uma prova de que os monstros que tememos tanto na infância não estão debaixo da cama. Não se escondem na escuridão. Eles estão por todos os lados, em plena luz do dia – e, pior: eles podem estar na cama ao lado. 

Vale lembrar que todas as informações que daremos neste episódio vem de registros públicos da imprensa e liberados nos veículos de mídia pelas autoridades competentes. Todos os dados, nomes e detalhes citados nesse caso estão disponíveis na internet e as fontes estão na descrição desse áudio.

Josef Fritzl nasceu em nove de abril de mil novecentos e trinta e cinco em uma cidade da Áustria chamada Amstetten. Ele era filho único de Maria e Josef Fritzl pai, que morreu em combate na segunda guerra mundial, quando o garoto tinha apenas nove anos.

Nesta cidade austríaca ele viveu por toda a infância, adolescência e idade adulta. É aquele tipo de cidade em que todo mundo se conhece, sabe? Bem de interior, pequenininha. Para se ter uma ideia, o último dado que encontramos, de um censo de dois mil e um, coloca em pouco mais de vinte e duas mil pessoas a população de Amstetten. 

Uma dessas era Rosemarie, uma jovem que, assim como ele, nasceu e cresceu naquele lugar. Quando Josef tinha vinte e um anos, e estava se formando como engenheiro eletricista, e Rosemarie estava com dezessete anos, eles se casaram, naquela pequena cidade onde suas vidas aconteciam.

Josef e Rosemarie

Juntos, o casal teve seis filhos: Elisabeth, Ulrike, Doris, Harald, Josef Junior e Rosemarie Junior – sim, o nome é Junior, mesmo. É difícil encontrar informações sobre todos os filhos, até porque a história, como você vai ver, não permite muito a gente saber como era a dinâmica da família.

Algumas fontes dizem que foram sete filhos, não seis, mas não encontrei nada sobre essa sétima pessoa, que seria uma menina.

A mais velha, Elisabeth, nasceu em abril de mil novecentos e sessenta e seis, dez anos depois que seus pais se casaram. Ela não tinha como saber, mas seu pai já tinha, desde aquela época, uma conduta sexual bastante inapropriada, para dizer o mínimo. Quando Elisabeth tinha apenas um ano de idade, Josef pegou dezoito meses de prisão pelo estupro de uma enfermeira. Ele a manteve refém com uma faca para abusar sexualmente dela.

As coisas viriam a piorar, ao longo dos anos. Não sabemos se as outras filhas e filhos de Josef sofreram com essa animosidade do pai, mas a pequena Elisabeth cresceria para sofrer nas mãos dele. É possível que, sem que sua mãe soubesse, ela tenha começado a ser abusada pelo homem desde setenta e sete, com então onze anos de idade.

Durante esse comecinho de adolescência, Elisabeth era uma menina retraída, não gostava de falar sobre meninos, não se abria para as amigas e era muito tímida. Sua personalidade pode ter sido moldada pelos abusos de Josef, mas ela nunca chegou a contar para ninguém o que estava sofrendo. 

Quando, aos quinze anos, em mil novecentos e oitenta, ela se matriculou em um curso para ser garçonete, o recado estava dado: Elisabeth buscava uma vida mais independente, para sair das garras daquele pai monstruoso.

Em mil novecentos e oitenta e três, então com dezoito anos, Elisabeth decide dar um basta naquele pesadelo e foge com um amigo para Viena, a capital da Áustria, a apenas cento e trinta quilômetros de casa. Rosemarie e Josef deram parte na polícia de seu desaparecimento e três semanas após seu sumiço ela foi encontrada e trazida de volta para a casa de Amstetten.

Trazida de volta para este enorme pesadelo.

Mas, para infelicidade de Elisabeth, esse era apenas o prólogo de seu sofrimento.

1984

O livro Mil Novecentos e Oitenta e Quatro, um clássico da literatura mundial, escrito por George Orwell e publicado em quarenta e nove, choca até hoje leitores de todas as idades por ser um romance distópico com requintes de desesperança.

No cenário, um governo autoritário ditava as regras do mundo, e por boa parte do século vinte as pessoas ficaram esperando para ver se, em mil novecentos e oitenta e quatro, a profecia de Orwell iria se cumprir. Da mesma forma que muita gente esperou por skates voadores depois de De Volta para o Futuro ou o bug do Milênio na virada de noventa e nove para o ano dois mil.

A distopia de Orwell não aconteceu, para nossa sorte, mas o ano de oitenta e quatro foi apenas o começo da distopia particular de Elisabeth, em um inferno que, com certeza, ela esperava que terminasse todo santo dia, mas só teve fim quase um quarto de século depois.

Em agosto de mil novecentos e oitenta e quatro, quando Elisabeth continua fechada, tímida e arredia, pelos anos de abusos sofridos, Josef pede uma ajuda para levar uma porta para o porão da casa, que ele estava reformando. O pai pediu que a filha segurasse a porta enquanto ele encaixava as dobradiças e, quando viu que a porta estava completamente encaixada, em vez de deixar Elisabeth subir e seguir com a vida, ele fez com que ela desmaiasse, colocando um pano com éter em seu nariz e boca. Quando acordou, Elisabeth estava trancada lá dentro.

Atrás da porta que ela mesma ajudou seu pai a parafusar.

A fachada da casa dos Fritzl mostra que era uma residência grande, para comportar dois adultos e seus seis filhos, e, ao contrário dessas casinhas no meio do nada que a gente costuma ver, principalmente em casos norte-americanos, a dessa família era em uma movimentada rua da cidade, dividindo as duas paredes laterais com outras casas.

O porão em que Elisabeth estava presa tinha entre quarenta e sessenta metros quadrados, no subsolo, e contava com banheiro, uma pequena cozinha, televisão e espaço para dormir. Josef tinha planejado uma casinha dentro da sua casa, mas Elisabeth via aquilo como realmente era: um cativeiro. 

Desesperada, ela batia nas paredes, na porta, gritava. Ela chegou a arranhar o teto para pedir socorro, e acabou quebrando as unhas das mãos, em completo terror, ficando com os braços manchados de sangue. Mas ninguém veio ajudá-la. 

O homem era engenheiro. No mínimo ele fez um isolamento acústico em todo o porão muito antes de Elisabeth ir parar lá, já que, pelo visto, quando ela o ajudou a colocar a porta, tudo já estava pronto. Essa porta, aliás, tinha uma fechadura que só podia ser aberta por senha – e, claro, só Josef conhecia a combinação numérica necessária para abri-la. 

Por isso, mesmo com toda a sua família ali em cima, ninguém a via ou ouvia, de jeito nenhum. A luz do sol não entrava no cômodo e, sem saber quanto tempo havia se passado desde que tinha sido colocada ali, Elisabeth começou a criar formas de fugir desse pesadelo da vida real.

Ela muitas vezes fechava os olhos e fingia que estava viajando por lugares incríveis que ela queria muito conhecer. E só os abria quando via movimento na porta, quando seu pai vinha para lhe deixar alimentos e abusar sexualmente dela.

Na parte de cima da casa, a mãe, Rosemarie, e os irmãos, ficaram preocupados, claro. E, novamente, a polícia foi chamada para encontrar Elisabeth e trazê-la de volta para casa. Um mês depois do desaparecimento da jovem, uma carta, com selo e tudo, é entregue à polícia de Amstetten. Escrita de próprio punho por Elisabeth, a correspondência contava que ela estava hospedada na casa de um amigo e que não queria voltar, pois estava cansada de viver ali. Ela fez uma ameaça: se qualquer familiar começasse a procurar por ela, ela sairia do país. Aí, com o mundo grande fora da Áustria, seria praticamente impossível voltar a vê-la.

Sua mãe, Rosemarie, chegou a desconfiar de que Elisabeth tinha fugido de casa para se juntar a uma seita. Só que a garota era muito tímida, retraída, e para fazer parte de uma seita, ou criar uma, se fosse o caso, ela precisaria ser mais extrovertida, lidar com pessoas diferentes, e não era esse o caso. 

O tempo foi se passando e, temendo nunca mais ver a filha, já que reconheceu que aquela era a letra dela, o jeito de escrever e tudo o mais, Rosemarie tirou a polícia do caso. Sempre que tinha um impulso de voltar a procurar por ela, misteriosamente outra carta aparecia, e Elisabeth dizia que estava bem e feliz, o que acalmava momentaneamente sua mãe e seus irmãos.

Só que, claro, Elisabeth estava sendo forçada e escrever tudo isso pelo próprio pai, que não apenas ameaçava sua vida quando o fazia como, também, dizia que iria matar outros membros da família se ela se recusasse a escrever. O inferno de Elisabeth já é inimaginável; não tem como prever como ficaria se ele fizesse, ou fingisse, o que estava prometendo.

E os anos foram passando…

Em um belo dia, nada belo, claro, apareceram na porta da casa dos Fritzl três crianças: Lisa, Alexander e Monika. Elas vinham com uma nova carta, de Elisabeth, dizendo que teve os filhos mas, como não queria cuidar deles, estava mandando o trio para a casa dos pais.

Logo Josef reportou à polícia que as crianças estavam ali, que seriam adotados por ele e sua esposa, e que a filha dizia ser a mãe dos pequenos. Como Josef tinha uma reputação respeitada, era conhecido na cidade e estava acima de qualquer suspeita, as autoridades viram o que ele pintou: um avô preocupado com os netos que foram abandonados à própria sorte pela mãe.

O que ninguém sabia era que esses filhos eram DELE com Elisabeth, vítima de incesto, e que não eram as únicas crianças que estavam ali.

Elisabeth engravidou várias vezes, por conta dos abusos sexuais do pai. Seu primeiro bebê morreu no parto, mas ela teve e criou seis crianças naquele cativeiro do porão. Um dos motivos pelos quais essas três foram retiradas de lá é porque não havia mais espaço para comportar aquela pequena família. Além disso, ficaria cada vez mais difícil para Josef continuar com sua rotina de abusos.

Só que um monstro é um monstro, e esse é dos piores. Quando Elisabeth se recusava a manter relações sexuais com o próprio pai, ele desligava a energia do cativeiro por dias e se negava a entregar comida a ela e às crianças. Então, encurralava a filha em um labirinto sem fim de violência. 

Em mil novecentos e noventa e quatro, dez anos após ter prendido Elisabeth, e com os filhos deste incesto nascidos, Josef fez uma ampliação desse espaço, colocou mais uma televisão, um vídeo cassete e um rádio no porão. Nas horas livres, ensinava as crianças a ler e escrever, como se aquela fosse a dinâmica familiar mais normal do mundo.

Mais dez anos se passaram e, em dois mil e quatro, Elisabeth completou vinte anos sem ver a luz do dia. Ela já não podia fugir em pensamento dali, para as viagens incríveis dos primeiros dias, porque tinha três crianças para olhar e proteger do próprio pai. Só dá pra imaginar o quanto ela não deve ter lutado para que toda essa violência ficasse apenas com ela, apesar de toda a dor e frustração de ter perdido a juventude inteira naquele lugar.

Em dois mil e quatro, a filha mais velha que ainda morava no porão, chama Kerstin, passou mal e desmaiou dentro do cativeiro. Era dezenove de abril. Elisabeth implorou a Josef que levasse Kerstin ao hospital e ele chamou uma ambulância. Ela ajudou o homem, que já era um senhor de idade, a levar a desfalecida jovem para a entrada da casa, e foi essa a primeira vez, em vinte e quatro anos, que Elisabeth viu a luz do sol.

Logo ela foi ordenada a voltar para o cativeiro, onde permaneciam seus outros dois filhos, e Josef avisou às autoridades que mais aquela menina tinha aparecido como sendo filha da fugitiva Elisabeth. Ele até mostrou uma carta que, supostamente, tinha chegado com ela, reafirmando que Elisabeth não queria ser encontrada e que agora fazia parte de uma seita religiosa.

No hospital, quando Kerstin acordou, ela contou à polícia tudo o que tinha vivido dentro do cativeiro e informou que lá ainda estavam sua mãe e seus irmãos. O caso do desaparecimento foi reaberto e, quando essa nova carta, a da seita, apareceu, os policiais começaram a desconfiar. Muitos anos depois, Elisabeth tinha escrito coisas que pareciam ter sido ditadas e eram bem estranhas. Não correspondiam com a forma de falar de alguém que foge ou que se junta a uma seita. 

Mas, sem um mandado, eles não poderiam entrar na casa de Josef. E nem precisariam. Menos de dez dias depois da ida de Kerstin ao hospital, foi a vez da própria Elisabeth passar mal e implorar por atendimento médico.

Dessa vez, não teria como escondê-la. Portanto, Josef a enviou ao hospital e, em casa, disse a Rosemarie que, vinte e quatro anos depois de fugir de casa, a filha Elisabeth tinha retornado.

Os crimes do pai

Depois de medicada e estável, Elisabeth contou à equipe do hospital a mesma história que Kerstin contou, dias antes, e a polícia foi novamente acionada. Dessa vez, a residência dos Fritzl foi revistada e, para o assombro de familiares e vizinhos, a verdade foi revelada.

Elisabeth, que estava desaparecida há quase três décadas, nunca tinha saído da própria casa.

Mas isso só aconteceu porque a polícia garantiu à Elisabeth que ela e seus filhos não precisariam ver Josef nunca mais, porque ela estava resistente a contar todos os fatos, com medo do que ele poderia fazer caso ela voltasse. Dá pra entender essa reação. Primeiro, porque ela já tinha a vida dos filhos a temer, além da própria, e segundo porque, quando ela fugiu, de verdade, a polícia foi a responsável por entregá-la na mão do pai. 

Ele foi levado para interrogatório e confessou, em vinte e oito de abril de dois mil e oito, que sequestrou a própria filha, a manteve em cárcere privado, como escrava sexual, e que do incesto nasceram sete filhos, sendo que o primeiro deles morreu no parto.

Aquelas crianças que já viviam com ele, portanto, não eram filhos de Elisabeth com um desconhecido, membro de alguma seita estranha, mas dele mesmo. As crianças eram filhas do próprio avô.

Pra piorar, ele ainda disse que tudo o que acontecia entre ele e Elisabeth naquele porão nojento era consentido por ela. A única parte boa, se é que podemos falar assim, é que ele demonstrou tecnicamente como isolou acusticamente o porão e o ampliou sem que ninguém se desse conta, comprovando que nem a esposa, Rosemarie, nem qualquer um de seus outros filhos tinham conhecimento do que acontecia no subsolo da casa.

Quem é mais novinho ou novinha não vai lembrar, mas a descoberta de um homem que mantinha a própria filha como escrava sexual no porão da casa chocou o mundo inteiro. E, claro, a população da Áustria ficou enfurecida. Assim que recebeu a sentença de prisão perpétua por estupro, cárcere privado, incesto e assassinato por negligência de seu recém-nascido, Josef Fritzl foi separado dos outros presos, que estavam indignados com aquilo e poderiam matá-lo.

A mídia foi em peso atrás da mãe e dos irmãos porque, no começo, ninguém podia acreditar que tudo aquilo acontecia e ninguém nunca ouviu nada, mas logo as reportagens técnicas foram tomando as manchetes e ficamos sabendo que um monstro com a capacidade de um engenheiro eletricista, como Josef, poderia tranquilamente construir um cativeiro à prova de som.

A família, claro, ficou destruída. O sentimento deve ter sido agridoce. A felicidade por rever Elisabeth, a raiva por conhecer de fato o homem que eles chamavam de marido e de pai, a culpa por tê-la tão perto e não saber de nada… 

Josef Fritzl está detido na Prisão de Segurança Máxima de Stein, a trinta quilômetros de Viena, na Áustria, e ainda diz coisas inacreditáveis. Hoje reconhecido pai de treze filhos, incluindo as vítimas do incesto, ele fala que espera ser elegível à condicional para, abre aspas, cuidar da esposa, que sempre foi fiel a mim, fecha aspas.

Rosemarie, foi oficialmente descartada como cúmplice do marido em dois mil e onze. Acredita-se que, pelo histórico de Josef, ela tenha sido abusada e aterrorizada pelo marido por todos esses anos. 

Quando deu essa declaração, em dois mil e dez, ou seja, três anos depois do desenrolar do caso e a descoberta da verdade, ele já tinha escrito OITO vezes para Rosemarie, que nunca respondeu. Ele também jamais foi visitado por ela ou qualquer um de seus treze filhos em todos esses anos de prisão.

Ele é vigiado de perto por dois guardas e, como o julgamento que o condenou a prisão perpétua foi finalizado em dois mil e nove, ele pode pedir mudança de pena para liberdade condicional a partir do ano que vem, aos oitenta e nove anos de idade.

Aqui vale lembrar que, nas leis de cada país, é possível que o criminoso peça a audiência de condicional, mas isso não significa que ele vai ser solto. No caso de Josef, os próprios advogados acreditam que ele jamais sairá da cadeia, porque seu crime foi hediondo demais para que seja concebível que viva em sociedade novamente.

Ele enganou não só a própria família, mas toda a população de Amstetten, que o tinha em boa conta e acreditava que ele era um homem de família acima de qualquer suspeita.

Outra coisa que pega é que, em liberdade condicional, o lógico seria que Josef desse um endereço fixo, para confirmar que ele teria onde dormir, mas absolutamente ninguém o quer por perto. Ele perdeu contato com toda a sua família, que não quer saber dele e não faz questão de vê-lo nunca mais.

Elisabeth Fritzl hoje tem outro nome, e seus filhos também têm uma nova identidade. Não sabemos quem eles são nem onde vivem, como forma de poupá-los de reviver eternamente esses vinte e quatro anos de inferno na Terra.

Nas últimas notícias sobre ela, dizem que é provável que ela já tenha se caso com um dos guarda-costas que estavam em sua companhia depois que toda a verdade foi descoberta, em dois mil e oito, mas o nome deste homem jamais foi revelado ao público.

Acredita-se que ela ainda está viva e bem, conforme possível depois de tantos traumas, e que more no interior na Áustria com família e filhos. Em oito de abril de dois mil e vinte e três Elisabeth completou cinquenta e sete anos de idade, dos quais por apenas vinte e três, ainda que abusada sexualmente pelo pai desde os onze anos, ela pode ser considerada uma pessoa livre.

Filmes

Documentários já foram feitos e filmes foram inspirados na história de Elisabeth Fritzl. Um deles, que concorreu ao Oscar, foi O Quarto de Jack, estrelado por Brie Larson. Recentemente, o filme espanhol Jaula, disponível em streaming, registrou recorde de audiência na categoria de horror. Os produtores disseram abertamente se tratar de uma releitura da história do terrível porão austríaco e do monstro de Amstetten. 

Roteiro: Lais Menini

Fontes

Amstetten – https://pt.wikipedia.org/wiki/Amstetten_(Áustria)

Josef – https://www.jusbrasil.com.br/artigos/josef-fritzl-o-monstro-de-amstetten/511506954#:~:text=No%20ano%20de%201956%2C%20Josef,Fritzl%2C%20que%20nasceu%20em%201966.

Elisabeth – https://pt.wikipedia.org/wiki/Elizabeth_Fritzl

Jaqueline Guerreiro – https://www.youtube.com/watch?v=s6ZbFpoCPH4&t=298s

Condicional – https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2010/11/101101_fritz_rc

Namoro – https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2009/06/090602_austriafritzlml

Rosemarie – https://ferlap.pt/where-is-rosemarie-fritzl-now

Jaula – https://cinepop.com.br/o-suspense-angustiante-que-se-tornou-o-mais-visto-da-netflix-370101/

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